A EMANCIPAÇÃO
Na década de quarenta, a prosperidade de Queimados,
já lhe assegurava a possibilidade de emancipar-se do município
de Nova Iguaçu. Além disso, as emancipações
de Duque de Caxias, em 1943, e de Nilópolis, em 1947, ambos pertencentes
ao Município de Nova Iguaçu, motivaram ainda mais os queimadenses,
já aborrecidos com a nova divisão administrativa e judiciária
do Estado do Rio de Janeiro, que em 1944 lhes havia subtraído parte
de seu território.
Na década de cinqüenta este movimento ameaçou de fato
o município de Nova Iguaçu, apresentando proposições
sólidas de independência, encaminhadas à Sociedade
Pró-Melhoramentos de Queimados.
Durante os festejos do centenário da Estação Ferroviária,
em 1958, a luta pela emancipação ganhou mais força.
E em 1980 o censo já registrava uma população de
94.662 habitantes, várias indústrias e importante centro
comercial que arrecadava muitos impostos, porém os bairros continuavam
abandonados.
Aos emancipacionistas da década de cinqüenta juntaram-se vários
outros segmentos da sociedade queimadense e o movimento se fortaleceu
novamente. No dia 10 de julho de 1988 os queimadenses foram às
urnas pela sua emancipação, mas o "quorum" necessário
não foi atingido. A diferença de 12.254 votos para alcançar
o mínimo exigido por lei deveu-se em grande parte às abstenções
de Engenheiro Pedreira (50%) e Japerí (70%).
Com a experiência da derrota anterior, os emancipacionistas, de
posse de vários documentos e informações, formaram
um organizado "lobby" junto aos parlamentares na Assembléia
Legislativa, conseguindo acompanhar todo o processo naquela Casa Legislativa,
culminando com o plebiscito de 26 de novembro de 1990. Dos 57.465 eleitores
habilitados, 35.120 votaram a favor da criação do Município
de Queimados.
O município de Queimados foi criado em 21 de dezembro de 1990,
pela Lei 1793, sancionada pelo então governador Moreira Franco.
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